domingo, 26 de julho de 2015

Filmes | Interstellar

Continuando a saga dos filmes do meu realizador preferido (Christopher Nolan, para os que andam desatentos), chegou o momento de vos falar sobre a sua mais recente obra-prima: Interstellar. Se querem que vos seja sincera, não acho que este filme tenha recebido crédito suficiente. É um 8,7 no IMDb, mas porquê parar por aí? Porque não um 10? Um 11?


Vi o filme, nada mais nada menos, porque sabia que ia adorar. Não tinha qualquer tipo de dúvida que se ia tornar num dos meus favoritos. Eu e a A temos gostos muito parecidos e ela não se calou no mês seguinte a ir vê-lo ao cinema: "TENS QUE VER"; "não tens noção, é só espetacular"; "I, a sério, vê"... Para além disso, sendo do mesmo realizador que Inception e Shutter Island... era obrigatório para mim "perder" 3 horas do meu tempo. 

Com o grande Matthew McConaughey (que ainda não perdoei por roubar o Oscar ao meu Leo (( e sim, fui pesquisar ao google como se escrevia))), Interstellar trata um tema que me intriga desde há alguns anos mas sobre o qual nunca falei muito, por falta de conhecimento ou por nunca ter vindo à conversa. A verdade é que sempre me fez confusão a nossa pequenez neste espaço enorme onde estamos, bem como aquilo a que chamamos tempo. Conhecem a Teoria da Relatividade, de Einstein? Não vos fascina, de certa forma? O filme é muito sobre isso. Basicamente, a Terra está a morrer. A última geração a sobreviver será a que já existe, naquele momento. Como tal, um grupo de astronautas recebe a missão de procurar por planetas que possam ser candidatos a receber a população humana para que, desta forma, se evite a extinção da nossa espécie. No entanto, há complicações, sendo que as que mais me deixaram perplexa foram as variações do tempo (do género: uma hora em determinado planeta são 5 anos na Terra - faz-me muita, muita confusão pensar nisto, principalmente depois de ver o filme).


Interstellar explora assuntos muito complexos e é preciso estar-se bastante concentrado (nada de jogar Candy Crush entretanto). São assuntos muito, muito interessantes e, quem sabe, importantes para o futuro da Terra, que inevitavelmente há-de chegar. Claro que o filme está inserido na categoria "Ficção Científica", mas há tanta base teórica que acabamos o filme com vontade de pesquisar e saber tudo sobre tudo, com dúvidas sobre o que nos rodeia e com uma vontade enorme de poder esquecer a história só para a podermos ver outra vez, sem sabermos o fim. Foi, sem dúvida, o filme que mais gostei de ver realizado em 2014 (seguido de Gone Girl, do qual também tenciono falar) e um dos meus favoritos de sempre. In Nolan we trust!

*

Deixo-vos uma parte de uma crítica que li por aí:
"Não são as teorias nem as imagens, contudo, que mexem com o espectador – leigo ou nerd de carteirinha. Nem é a ideia do fim do mundo ou de uma viagem intergaláctica que causa aquele nó na garganta e faz aquelas três horas parecerem tão pouco.

O que arrepia é justamente o fato de elas parecerem pouco.

Com "Interestelar", Nolan nos faz perceber que o tempo, que rege cada um de nossos dias humanos, está totalmente fora do nosso controle. Ele é relativo, como Eistein vinha tentando nos dizer há mais ou menos um século... Mas a ficha não tinha caído até agora." (Juliana Varella)

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