quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A


Hoje não é um bom dia. A A contou ao grupo que vai, provavelmente, viver com a tia e, consequentemente, mudar de cidade e escola, porque a mãe dela vai viver para Angola, com o pai. Bem, ela é a minha melhor amiga e não me imagino sentada à beira de mais ninguém nas aulas nem me imagino a única rapariga no meio de um enorme grupo dos rapazes, nos almoços de terça e quarta-feira. Ela é a única pessoa que percebe (e acha piada) às coisas mais absurdas que eu digo e é a única que conta piadas piores que as minhas. Ela é aquela pessoa que ri durante cinco minutos sozinha, antes de contar o motivo, e que tem sempre minas para os lápis e corretor. Podemos partilhar os phones e falar de coisas sérias enquanto fazemos piadas. Ou sem fazermos piadas, de todo. Achamos os mesmos rapazes giros e gostamos das mesmas séries. Ela sabe tudo sobre mim e eu sei tudo sobre ela. Não temos vergonha de chorar à frente uma da outra, embora não seja frequente. Às vezes, ela vem a minha casa e comemos as pipocas todas antes de começar o filme. Fomos a Lisboa juntas ver os One Republic. Ela sempre quis medicina, mas agora não quer. Quer ir para Coimbra e o Porto não será das primeiras opções dela. O destino de sonho dela é Bali e, por isso, o cão dela chama-se Balu (ela é muito criativa). Gostamos secretamente de Fifty Shades of Grey, mas não dissemos a ninguém da turma. Não gosta de pizza, bolo nem gelado. Fica olhar para mim como se eu fosse retardada quando eu canto High School Musical e espera sempre que chegue a comida de toda a gente antes de começar a almoçar. Preferia ser a Angelina Jolie do que a Beyoncé. Gosta de usar sapatos estranhos. Podemos falar inglês o dia todo. Não há nenhum professor que saiba o nome dela. Queremos viver juntas em Nova Iorque. Ela não se importa que eu fale de Arrow a toda a hora, mesmo que ela não veja. Na verdade, é quase como se visse, por mim, porque sabe tudo o que acontece. Não ficamos muito morenas no verão. Gostamos de deprimir em conjunto a ver fotografias da Candice. Se ela não gosta de alguém, eu também não gosto e vice-versa. Basically, she's kind of my soulmate and I don't want her to leave.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Adoro pensar que as minhas pessoas preferidas vão entrar numa universidade que fique na mesma cidade que a minha e que vamos viver juntos.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

confissões

Qualquer rapaz que se vista assim e não dê erros gramaticais tem uma hipótese comigo.
(Relationship goals: Blair e Chuck)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015


Não há nada que me faça sentir pior do que estar chateada com o mundo sem saber bem porquê e descontar na minha mãe. Arrependo-me de falar mal com ela no segundo a seguir a que o faço, porque ela nunca me responde de volta, mas consigo ver nos seus olhos que fica triste. Sinceramente, às vezes acho que não mereço a mãe que tenho.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

não seria o secundário sem

O professor que te odeia e que tu odeias de volta. Só quem passou por uma situação semelhante poderá entender a revolta que isto me provoca.


Tudo começou ontem, às 8h20. Aula de Biologia, cinco minutos depois de nos sentarmos e abrirmos os cadernos, a prof vira-se para a A: "Então, A, andaste a estudar muito para matemática, não foi?" e a A, enervada porque já é a 3ª vez que um professor fala, em frente à turma toda, de um teste que lhe correu mal, respondeu "se a professora está a dizer isso, é porque já sabe a resposta" e a professora voltou: "já sei o quê? Estou a perguntar-te se estudaste muito para matemática" e a A respondeu de novo: "se está a perguntar isso é porque já viu o meu teste e percebeu que me correu mal. Estudei muito para matemática, sim. Mas estudei para Biologia como estudo sempre, só que achei mais difícil que o normal e, portanto, correu-me pior. Se fosse possível, preferia não falar sobre isso em frente à turma toda". Passaram-se um bocadinho, mas foi um momento breve.
Durante a correção do teste, a professora perguntou como é que era possível alguém achar aquele ciclo de vida difícil e eu, para lhe responder porque sabia que era para mim (tinha-lhe dito no final do teste que achei difícil), disse "eu disse-lhe que achei difícil porque o facto de a meiose não ser logo após a formação do zigoto me confundiu quanto à sua classificação".  Como ela não sabe responder a dúvidas sem nos insultar primeiro, começou "não me leves a mal (começa seeeeempre assim), mas isso não é uma dúvida de um aluno de 20, é dúvida de um aluno de 10. Demonstra falta de conhecimento e falta de estudo, - e repetiu - achar isto difícil é de um aluno de 10." Claro que eu não achei piada nenhuma, começando pelo facto de já estar farta que ela tenha necessidade de criticar algo a um aluno sempre que este se demonstre com dúvidas em relação a alguma coisa. Fomos para intervalo.


A bomba explodiu quando, a meio da aula, eu tive uma dúvida em relação ao português de uma frase e perguntei "Professora, disse: uma diferença na sequência ou diferenças numa das sequências?". Ela começou logo a gesticular com os braços "oh não percebi nada do que disseste" e mais não sei o quê. Entretanto, a A percebeu o que eu tinha perguntado e respondeu "é uma diferença nas sequências". Apontei a resposta e estava o caldo entornado. Porque somos mal educadas, temos a mania, o nariz empinado, achamos que somos mais do que os outros, faltamos-lhe ao respeito, fizemos dela um palhaço que ali estava e estragamos-lhe a aula. Durante 10 minutos, até ao toque para troca de turnos, ela arranjou maneira de nos insultar das mais variadas formas. Tudo porque a A me explicou algo que eu não tinha conseguido ouvir e, sendo assim, não achei necessário estar a repetir a dúvida à professora e gastar mais tempo de aula. E foi exatamente o que lhe disse, quando ela parou a meio para respirar. Mas não adiantou, ela voltou aos berros. Entre "podes falar, que eu não te vou bater! Às vezes apetece-me... mas não te vou bater!" a "mas vocês acham que são alguém? Vocês realmente têm mesmo a mania"... foi uma bela troca de palavras. Ao toque, suspirou um "podem sair" e foi sentar-se na secretária a chorar. E eu cheia de pena. not


As reações foram as mesmas por parte de toda a gente que assistiu: "mas ela está louca?"; "ela passou-se completamente"; "ela exagerou tanto, vocês não fizeram nada de especial!". Ainda assim, eu e a A achamos que devíamos ir falar com ela no dia seguinte (hoje), para lhe pedir desculpa caso a tivéssemos ofendido. Eu achava, sinceramente, que ela ia chegar a casa e cair em si, algo do tipo "bolas, elas realmente não estiveram bem, mas eu exagerei um pouco". Achei que o pedido de desculpas ia ser mútuo e ia ficar tudo na paz.

Quando, hoje de manhã, entrei no balneário, caíram 5 pessoas em cima de mim "nem sabes o que ela disse de vocês as duas ontem à tarde, no apoio". Basicamente, esteve a falar mal de nós, a dizer que "tínhamos muitas lacunas a nível pessoal" (mas quem é que ela acha que é?) e que estava para ver se lhe íamos pedir desculpa, se bem que "sendo as pessoas que são" não estava à espera que isso fosse acontecer (mas ela conhece-me de onde?). Perdi logo toda a vontade que tinha de ir falar com ela, ela não merecia nada a não ser total desprezo. Mas é minha professora. De Biologia. E vai dar-me uma classificação no final do período.

A aula decorreu normalmente, ela falou para nós como se não se tivesse passado nada. No final, fomos ter com ela e pedimos-lhe os minutos. Comecei com "só queríamos pedir-lhe desculpa em relação ao que se passou ontem, a nossa intenção não era de todo faltar-lhe ao respeito. No entanto, também achamos que a professora não teve a atitude mais correta ao falar de nós no apoio, à tarde, quando nenhuma de nós lá estava para se defender." Foi o suficiente para se passar de novo. E veio novamente toda a conversa do nariz empinado, refilonas, resmungonas, mania da superioridade, mania de que somos donas da razão, orgulho, "devido às características das pessoas em questão (eu e a A) nem estava à espera de um pedido de desculpas" e ainda o novo "mas ouve lá, tu és mesmo chata, pá!". Quanto à turma, somos todos uns mimados, levados ao colo, com uma personalidade horrível. O mais incrível? Voltou a chorar no fim.


Sinceramente, estou a borrifar-me para qualquer tipo de deficiência mental que ela claramente tem ou problema familiar/pessoal que ela possa ter. A função dela é ser minha professora, não é educar-me, que isso fazem os meus pais e muito melhor do que ela alguma vez faria. Eu vou às aulas dela para aprender Biologia, não vou para ser insultada, rebaixada e tratada como sei lá o quê. Ela não me conhece de lado nenhum, está comigo 5 horas por semana, dentro de quatro paredes, a falar de animais e de plantas. Ela não faz a mínima ideia da educação que eu tive, da pessoa que eu sou ou que deixo de ser. Eu não tenho que aceitar sem me revoltar que ela me chame manienta 5 vezes por dia. Sim, porque isto já não é de agora. Não é a primeira vez que falo de professores a faltarem-me ao respeito aqui no blogue. Tem vindo a arrastar-se já há algumas semanas e eu não me sinto bem com isso, ponto final.

A minha irmã ficou fora de si quando lhe contei e defende que isto não passar em branco, que o meu pai tem que ir à escola (o meu pai é o melhor quanto a "pôr as professoras na linha") e que para o ano tenho que sair dali, que está mais que visto que o ensino público não tem nada de bom para oferecer. Isto é grave, mas mesmo muito grave. Os meus pais vão ficar muito contentes, sem dúvida. E posso esquecer o meu 19 a Biologia, no 3º período. Tudo por causa daquela professora, que estava tão bem lá com as turmas dela e caiu de paraquedas na nossa. Se ela volta a dizer-me alguma coisa na aula, eu juro que peço para sair e vou-me embora da sala. I'm done with this.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Biology probs


Os testes de Biologia têm aquele dom de parecerem fáceis e darem a ideia de que até estão a correr bem. Depois vêm os critérios e tiramos 10.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Medicina vs. Direito


Grey's Anatomy vs. How to Get Away with Murder.
Decisions, decisions.

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