quinta-feira, 4 de setembro de 2014

everything's upside down

Estamos no início de Setembro e, no meu vidacionário, isso significa regressar à cidade que me vê partir todos os anos em Julho. Regressar à cidade significa, por sua vez, rever todas as caras com quem estou habituada a conviver durante o ano letivo (incluindo aquelas que preferia evitar). 

No entanto, este ano, tudo está diferente. Tive o verão da minha vida no ano passado e sabia que iria ser difícil superá-lo, o que logicamente não aconteceu. E isso reflete-se aqui e agora.

Comecemos pelo T, also known as tempo que não ajudou em nada à minha boa disposição diária habitual, nesta altura do ano. Apesar de ser altura de recomeço de aulas, costumo andar contente por estar de volta e matar saudades de tudo e todos... sair por aí e só voltar para casa às 20h. Não está a acontecer.

Outro dos meus maiores problemas começa por N... e este aqui é o mais delicado. Foi o rapaz que me marcou mais, desde sempre. Conhecemo-nos há um ano e pouco e foi no verão do ano passado que nos começamos a dar mesmo bem. Nesta altura, apenas recuando 365 dias, estavamos praticamente comprometidos. Mas não seria a minha vida se não parecesse um filme e, como tal, só começamos a namorar em Maio deste ano. O nosso namoro foi curto mas a relação foi intensa. Foram muitos meses em que, apesar de não estarmos juntos, estávamos juntos. E, agora, sinto a falta disso com'ó caraças. Eu sabia que tinha alguém com quem podia contar, não importa o que acontecesse. Alguém que, acima de tudo, se preocupava imenso comigo e com o meu bem-estar. Perdemos o contacto e tenho que aguentar calada - e quase todos os dias - a imagem dele a apaixonar-se por outra rapariga, porque eu o deixei ir. Mas caramba, será que não fiz bem? Se passado tão pouco tempo ele já anda sempre agarrado a outra (embora me tenham relatado que ele próprio se diz desinteressado), seria real o que ele mostrava sentir? Isto é ridículo, toda esta situação. Até porque conheço a rapariga e cá, nesta cidadezinha, os meus 'amigos' são os dele e os 'amigos' dele são os meus. Fica um ambiente demasiado tenso quando estamos no mesmo sítio. Porque toda a gente nos adorava juntos, porque ele amarra-se a ela à minha frente, porque toda a gente procura na minha expressão algo que indique que estou incomodada com o que está a acontecer ou porque não sabem o que pensar, de todo. Estou completamente perdida. 




Conheci o C quando conheci o N, exatamente no mesmo dia, na mesma situação. Enquanto que, com o N, a química foi imediata, vi no C alguém que eu sabia que tinha tudo para se tornar muito importante para mim. E foi o que aconteceu. Apesar de ele namorar, começamos a sair imensas vezes juntos porque foi empatia imediata, demo-nos super bem e ele é daquelas pessoas que põe todos à vontade. Passado uma semana, já me sentia confortável para fazer piadas, contar-lhe umas pequenas partes da minha vida e isso foi crescendo à medida que o ano foi avançando. Acho que toda a gente, no fundo, achava que íamos acabar por ter alguma coisa, mas isso nunca passou pela cabeça de nenhum dos dois (já falamos sobre isso). Ele tornou-se num dos meus melhores amigos num instante e sem eu saber muito bem explicar 'como' e exatamente 'quando'. Recentemente, ele acabou com a antiga namorada por causa de uma grande amiga minha, a A. Apaixonaram-se um pelo outro, mesmo estando ambos comprometidos. Achava super fofa a relação deles, porque eram duas das pessoas que mais gostava, no entanto, eles fizeram algo que eu nunca faria: isolaram-se. Se o C ía, a A ía. Se a A não ía, o C não ía. Se o C queria sair comigo, tinha que perguntar à A se ela não se importava. Se o habitual grupo fosse sair e eles já tivessem coisas combinadas, não podiam vir ter connosco (como se não passassem 14/24h por dia juntos, sozinhos). Para piorar a situação, o C é grande amigo do N, já há anos, e é estranho para ele convidar-nos a ambos para sair. Há situações em que eu não sou convidada porque o N vai lá estar e parece um pouco que toda a gente está a escolher um lado que não é o meu. Já não estou com o C há cerca de dois meses. Passei o verão todo afastada dele, quando no ano passado o via 2/3 vezes por semana. É triste mas a nossa conexão perdeu-se porque deixamos de falar, porque ele decidiu "ir embora" assim. 




Costumava dizer que a A era a minha metade loira. Tal como com o C, a empatia foi imediata. E ia achando a rapariga cada vez mais incrível à medida que a ia conhecendo. No entanto, como em todas as amizades, comecei a reparar não só nas qualidades. Ela não era assim tão perfeita... tinha um quanto de falsidade. Chegou a dizer-me que não suportava uma rapariga da turma dela por isto e aquilo e, no dia a seguir, estava a publicar fotos com ela nas redes sociais (um exemplo insignificante). Por minha causa, ela tornou-se também grande amiga do N e, quando acabamos, acho que ela acabou por 'escolher' também o lado dele. Quando eu acabei a nossa relação, achei que devia afastar-me do grupo com quem passei o verão de 2013. Eu tinha conhecido todas essas pessoas graças a ele e não me sentia bem na companhia do que era, ao fim e ao cabo, o grupo ao qual eu só pertencia por ser amiga/namorada de um deles. E a A encaixou-se de tal maneira nesse grupo que se deixou ser afastada. Tanto por mim, como por ela própria, devido à sua relação com o C. Já não falo com ela desde o início de Julho.

O resto resume-se ao grupo de que acabei de falar. Amigos com quem eu gostava de sair, mas que eram os amigos dele e não os meus, e que, por isso, deixaram de fazer parte do meu dia-a-dia.

Quando digo que está tudo do avesso, quero dizer que não estou habituada a nada disto. Há uns meses atrás saía e falava imenso com estas caras a quem agora dirijo um 'olá' tímido na rua. Bastou um ponto final numa relação para metade das pessoas com quem eu partilhava a minha vida, saírem dela num ápice. No final, não o perdi só a ele. Perdi todos.

2 comentários:

  1. Oh querida... é díficil. O teu coração está confuso. Mas digo te o que já te disse antes. Não fiques com dúvidas nem ses na cabeça. Essa rapariga dele pode ser uma jogada, uma tentativa de despertar ciúmes, de te esquecer... Eu não sei I, mas não te arrependas de não ter agido. Por muita porcaria que tenha havido no meio de todas as rosas.

    Quanto a esses amigos, bem... se se afastaram assim derrepente talvez não fossem os melhores.

    A A e o C, tive amigos na mesma situção são feitios, é desagradável, mas pouco há a fazer que não aproveitar os poucos momentos com eles.

    Yiumy

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    Respostas
    1. A minha relação com ele define-se perfeitamente numa palavra: instável. Sempre foi, sempre será. Tenho que aprender a viver com isso.
      Claro que eles não eram assim tão amigos, eram amigos dele que começaram a tornar-se meus por sairmos todos juntos. Quando acabamos, deixaram de ser (menos aqueles de que falei no post mais recente sobre o jantar em casa do Z).
      Com esses dois (note-se que a A não é a mesma de que tenho falado mais recentemente), perdi completamente o contacto. Vivem um para o outro e desligaram-se do resto. Nunca estou com eles, só a vejo na escola porque andamos na mesma e vejo-o a ele porque a vai levar lá todos os dias. A nossa relação atual resume-se a um "então? por aqui?" e nada mais. Tenho pena, sinceramente. Principalmente pelo C, era mesmo dos meus melhores amigos. Mas é a vida :)

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