sábado, 24 de janeiro de 2015

ballerina

Hoje, na aula de natação, eu e a C falamos sobre todas as profissões que alguma vez já nos passaram pela cabeça. De cabeleireiras a vendedoras de roupa, passando por caixas de supermercado. (Oh, a inocência!) Dei-me conta que a profissão que quis ser durante mais tempo e com mais força foi bailarina.


Muito possivelmente, isto iria tornar-se lamechas se eu dissesse que quase começo a chorar só de me lembrar do momento em que, todas as terças e sextas-feiras, com cerca de 8 anos, entrava no carro da minha mãe, mal estacionado a uns 10 metros da escola, depois de uma aula super cansativa, mas com o puxo ainda impecável (apesar de ter sido eu a fazê-lo sozinha) e com um sorriso gigante. Lembro-me perfeitamente de perguntar pelo "papá" e a minha mãe dizer que ambos já tinham jantado. Detesto fazer refeições sozinha mas, nesses dias, não me importava nada. Detesto usar meias de vidro mas, como era para ir para o ballet, calçava-as num minuto. Toda a gente detestava a professora Mariana, menos eu. 
Se eu tivesse seguido aquilo que realmente gosto de fazer, provavelmente estaria em Nova Iorque, numa escola de ballet com mais 200 alunos de países diferentes. Acho que é por isso que não há nenhum curso que me apaixone. O que me apaixonava mesmo era a dança. 

Vamos rezar para que não me torne naquelas mães que põem todos os seus sonhos não realizados nas filhas. 

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