quarta-feira, 19 de novembro de 2014

so much happened - parte I


Na sexta-feira passada fui, como é habitual, almoçar com eles. Desta vez ninguém faltou, não fosse eu passar-me outra vez. Correu tudo lindamente, falei com todos como se nada tivesse acontecido e senti-me mais próxima que nunca do N, desde que acabamos. Normalmente sou tímida quando toca a falar com o rapaz de quem gosto frente a frente (isto é muito Bravo, eu sei), mas na sexta-feira falei, falei, falei. De tarde, estivemos no café de sempre. Éramos 6. Eu e ele estivemos constantemente a ouvir desculpas esfarrapadas da parte de todos, para nos deixarem sozinhos. Para além de que até sem nos apercebermos, eles se foram afastando na mesa e ficamos sozinhos na mesa inicial. Isto porque ele tinha o cotovelo em cima da mesa e estava totalmente virado para mim, demasiado perto, a olhar-me nos olhos e a fazer-me perguntas para as quais me faltaram respostas. Apesar de raramente conseguir olhá-lo nos olhos ao falar, olhei algumas vezes. Falamos durante horas. Falamos de tudo. Tudo o que já nos poderia ter afastado desde que nos conhecemos e sobre como sempre superamos tudo até àquele momento. Era como se estivéssemos ali sozinhos e isso continuou mesmo depois de a K entrar no café com os amigos. O que não continuou foi a minha boa disposição ao vê-la. Mas voltou quando ele se apercebeu, se riu e disse "Não percebo os ciúmes. Não tens aquilo que queres?". E na verdade tinha. Ele estava ali a falar, a menos de 20cm de mim, e não podia ter-se importado menos com o facto de ela ter chegado. Na verdade, só a cumprimentou quando saímos, duas horas depois, porque tínhamos que passar pela mesa dela em direção à porta. Nesse dia, ele só quis saber de mim.

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