domingo, 13 de dezembro de 2015


Nos últimos tempos, a Leonor e o André andam mais próximos do que nunca. Publicam fotografias juntos, comentam tudo o que o outro faz em qualquer rede social, falam por mensagens várias vezes e estão sempre juntinhos nas festas. Eu não quero ser mesquinha mas ela sempre foi das minhas melhores amigas, conheço-a há 5 anos e ele é o meu ex-namorado. No início ponderei se isto não eram ciúmes por ainda sentir qualquer coisa por ele, mas agora tenho a certeza que não. Não sinto absolutamente nada por ele a não ser pena e desprezo pela pessoa que se tornou. Diria com certeza que nenhum deles seria capaz de querer alguma coisa com o outro porque, pensava eu, os conhecia demasiado bem e nunca seriam capazes. Agora já não estou tão certa. 

Estou principalmente desiludida com ela, a muitos níveis. Parece que o facto de eu já ter namorado com ele lhe é igual ao litro. Não percebo se não se importa que eu fique incomodada com este tipo de atitude ou se acha sinceramente que não está a fazer nada de mal, que eu estou totalmente bem com isto e que não se passa nada, mas também não sei qual das duas opções é pior: ser parva ou ser inconsciente. 

A verdade é que toda esta situação se tem refletido na nossa relação, porque eu gostava que fosse ela a ter noção da palhaçada que isto é sem ser preciso eu dizer-lhe nada. Porque é bom senso. Porque toda a gente sabe que ex-namorados de amigas são off limits. Porque se eu não consigo estar a cinco metros daquela pessoa, ela devia vir sentar-se comigo do outro lado da sala e não a dois centímetros dele, porque é isso que as amigas fazem. Porque não é normal ela tê-lo conhecido por minha causa, há um ano e tal, e agora afirmar-se "amiga dos dois" e não poder "escolher lados". Se bem que está a fazer um péssimo trabalho nisso, porque escolheu claramente o dele. Fiquei magoada com o facto de ela ter ido ao cinema com eles sem me dizer e ela nem sequer se dirigiu a mim uma única vez para se justificar de qualquer maneira = não se importa minimamente.

Eu nunca lhe pedi nem vou pedir para ela não falar com ele, para eles não se darem bem. A única coisa que eu queria é que ela pensasse em mim de vez em quando e soubesse quando é que está a ir demasiado longe, que ela se lembrasse que a amiga dela há anos sou eu e que, se fosse ela, também não iria gostar de estar na minha posição. Ela está, tal como aconteceu com ele, a tornar-se numa pessoa que eu não conheço e não vou ser eu, de certeza, a andar atrás dela para conversar sobre o que se tem passado. Gostava que ela fosse mulherzinha o suficiente, viesse à minha beira e me dissesse que temos muito sobre o que falar. Essa era a obrigação dela e se ela não o fizer e preferir deixar as coisas andar como estão... bem, já estou habituada a seguir em frente e deixar pessoas para trás.

3 comentários:

  1. Acho que deviam sentar-se frente a frente e conversar. Sem essa coisa do "tu é que deves falar comigo e não o contrário". Tu deves dizer o que pensas e sentes, com toda a sinceridade, e ouvi-la. Se isso não fizer qualquer tipo de diferença no final? Então aí sim, segues a tua vida :)
    De: Mrs. M ♀

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  2. É a primeira vez que passo pelo teu blog e tenho a dizer-te que o adorei, parabéns!

    Acho que vocês deviam conversar, se é mesmo assim que te sentes, diz-lhe, vocês são amigas e acima de tudo a base de uma amizade sólida é a sinceridade.

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